quinta-feira, abril 21, 2011

Ser novo, de novo'.


Porque a gente, alguma coisa dentro da gente
sempre sabe exatamente quando termina. 
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas.
Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, 
de ser melhor para mim e para os outros.
De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento
 por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, 
e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
Mesmo que a gente se perca, não importa.
Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro.
Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.
Te escrevo, enfim, me ocorre agora, 
porque nem você nem eu somos descartáveis.. . .
E eu acho que é por isso que te escrevo, 
para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, 
violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, 
seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.


[Caio F.]

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